Avaré

Vereadores da oposição sofrem com pressão oculta na votação das contas de Jô Silvestre

O ambiente da Câmara de Vereadores de Avaré está cada vez mais pesado. Por conta da votação do projeto de resolução que vai apreciar o parecer do Tribunal de Contas do Estão de São Paulo (TCE-SP), que opinou pela rejeição das contas da Prefeitura de Avaré em 2017, os vereadores da oposição tem sofrido com momentos tensos dentro do parlamento.

Os Vereadores que estão no grupo de oposição é composto por Adalgisa Ward, Isabel Dadário, Marcelo Ortega, Hidalgo Freitas, Luiz Cláudio e Carlos Wagner.

O primeiro a ser colocado “contra a parede” foi o vereador Marcelo Ortega. O parlamentar do Podemos é alvo de uma Comissão Processante (CP) por uma suposta quebra de decoro parlamentar. Na tribuna da Câmara, Ortega alertou sobre a escassez do chamado kit intubação, medicamentos indispensáveis para o tratamento de pacientes graves e responde por causar pânico na população. Poucos dias depois da fala do vereador, a Santa casa de Avaré suspendeu o atendimento pela rede Cross justamente pela falta do kit.

A vereadora Maria Isabel Dadário também está lidando com a pressão oculta vinda do Governo Jô e a tentativa de angariar votos e rejeitar o parecer do TCE-SP. A vereadora é diretora de uma escola da Rede Municipal e vem travando batalha jurídica com o Executivo para seguir no parlamento. Prestes a se aposentar, Maria Isabel teve dois pareceres distintos emitidos pela Procuradoria Municipal.

O setor de fiscalização da Prefeitura chegou a montar uma campana na casa da vereadora a fim de notifica-la para voltar ao trabalho. A parlamentar chegou a correr dos fiscais da Prefeitura dentro da Câmara de Avaré e teve tudo exposto e um incomum documento publicado no Semanário Oficial.

A conta para salvar Jô Silvestre da lei da ficha limpa é bem simples. O Prefeito não tem os 9 votos necessários para barrar o parecer do TCE, que aponta diversas irregularidades na gestão municipal como falta de pagamento com precatórios, grande quantidade de servidores em comissão e péssimas condições das unidades escolares.

Dois vereadores da oposição precisariam votar contra o parecer para ajudar Jô. Durante essa semana, o prefeito agendou uma reunião na Câmara e foi pouco prestigiado. Sem aprovar os projetos da oposição e sem responder um requerimento durante os seis meses do novo governo, o prefeito acabou sendo ignorado pelo opositores.

Um dos alvos prediletos do grupo de Jô, a vereadora Adalgisa Lopes Ward é constantemente enfrentada publicamente. Inúmeras vezes teve que subir na tribuna da Câmara para reforçar que o trabalho de fiscalização iria continuar, mesmo que o grupo de Jô continue mandando ataques em sequência.

Em sua primeira experiência como parlamentar, Carlos Wagner Januário Garcia já viu de perto o que a política é capaz de fazer. O vereador precisou subir na tribuna e apresentar o currículo de policial militar para responder ataques e pedir respeito ao grupo da oposição. Durante a sua fala, Garcia afirmou que sabia que uma funcionária da Câmara iria fazer um boletim de ocorrência acusando-o de ter gritado com ela. Um acidente de trânsito entre um carro oficial e outro que estaria em nome do vereador também foi usado para fazer pressão.

A votação do projeto de resolução será na segunda-feira (28), a partir das 15h, com transmissão ao vivo da página Avaré Notícias no Facebook.

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