Câmara de Avaré decide futuro político de Flávio Zandoná
A Câmara de Vereadores de Avaré define nesta segunda-feira (6), às 17 horas, o futuro político do ex-presidente do Legislativo, Flávio Eduardo Zandoná. Os parlamentares se reunirão para votar o relatório final da Comissão Processante que analisou suposta quebra de decoro parlamentar praticada pelo vereador.
O relatório final pede a cassação de Zandoná que disse a frase “enquanto as gazelas se manifestam, a caravana passa” para responder as críticas do cidadão Paulo Proença nas redes sociais.
A votação anda mexendo com os bastidores da política de Avaré. Nas últimas horas servidores municipais comissionados foram convocados para comparecer ao plenário da Câmara. O texto repassado por whatsapp afirma que é importante a presença de todos os servidores para apoiar o que seria uma “injusta cassação”.
Em seu depoimento Zandoná admitiu que errou, foi infeliz e ofendeu um cidadão na tribuna da Câmara. A sessão de votação deverá demorar várias horas. Todo o relatório final será lido e a defesa do vereador terá duas horas para se manifestar.
Se aprovado por nove vereadores, Zandoná será cassado e perderá os direitos políticos, não podendo participar das eleições do ano que vem.
Essa não é a primeira vez que um vereador é acusado de quebra do decoro parlamentar em Avaré. O ex-vereador Rodivaldo Rípoli foi cassado após proferir fala considerada ofensiva durante seu programa de rádio.
Nesta ano a Câmara de São Paulo cassou um vereador após divulgação de fala racista durante uma comissão especial.
Cassar um cidadão ocupante de um cargo público legitimamente eleito pelo voto popular dependendo das circunstâncias, é um atropelo à democracia. No caso do vereador Zandoná, os fins não justificam os meios, senão vejamos, o edil já se retratou publicamente, foi julgado em ação pelo MP, onde foi considerado improcedente a afirmativa de homofobia então, sua cassação se transforma numa mera ação política.