Após defenderem a reabertura do comércio e a volta das atividades na cidade, os vereadores da Câmara de Avaré anunciaram, na noite desta segunda-feira (13), recesso parlamentar com volta das sessões ordinárias em 3 de agosto.
No dia 23 de março, os vereadores suspenderam as sessões legislativas considerando os avanços do coronavírus e prometeram que o tempo sem sessões ordinárias seria compensado durante o recesso do meio do ano, fato que não vai acontecer.
Os parlamentares ficaram sem realizar as sessões ordinárias por 76 dias, de 23 de março a 8 de junho, não apresentando requerimentos, indicações e a palavra-livre. No período realizaram sete extraordinárias, para aprovação de projetos do prefeito municipal.
Na época, os parlamentares também rejeitaram projeto de redução salarial, que visava investir recursos para o combate a covid-19.
O anúncio do recesso parlamentar pegou de surpresa a vereadora Marialva Araújo de Souza Biazon que lembrou do parágrafo único do Projeto de Resolução que deixava possibilidade das sessões serem realizadas durante o recesso.
Os vereadores alegaram que as suspeitas de contágio da covid-19 do presidente Francisco Barreto de Monte Neto, do vereador Ivan Carvalho de Melo e de um funcionário da Casa Leis seria o motivo do recesso. Marialva lembrou que a decisão estava tomada antes dos casos suspeitos.
Os parlamentares ainda alegaram que o prédio da Câmara passará por reformas, onde será aplicado verniz no piso e pintura do plenário. Mesmo com as diversas críticas de que a Prefeitura pinta postes em plena pandemia, os vereadores usaram o verniz e a pintura do plenário para justificar a ausência.
Mostrando certo receio em pleno período pré-eleitoral, os vereadores nem cogitaram a convocação dos suplentes para participar da sessão, que contou com os dois vereadores suspeitos ausentes.
Enquanto diversos órgãos públicos realizam sessões virtuais, a Câmara de Avaré entende que o fechamento do parlamento é necessário neste momento.
This post was last modified on 22 de julho de 2020