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SP: seis a cada dez crianças e adolescentes estão com a carteira de vacinação desatualizadas

Em meio a Campanha Nacional de Multivacinação realizada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde de São Paulo revelou um dado preocupante: a cada dez crianças e adolescentes paulistas que compareceram aos postos de vacinação, seis estavam com as carteiras de imunização desatualizadas, em média. Já entre os menores de um ano, essa proporção aumenta para oito a cada dez.

Em outubro, primeiro mês da campanha, cerca de 840.950 crianças e adolescentes compareceram aos postos, de acordo com a secretaria. Destes, mais de 500 mil precisaram receber ao menos um tipo de imunizante. Em relação aos menores de um ano, 83,2% precisaram receber alguma vacina pendente do calendário de vacinação.

O grupo de 5 a 14 anos está com a melhor taxa vacinal, mais de 300 mil pessoas compareceram aos postos, das quais 48,5% tinham alguma vacina pendente. “A criança ou adolescente que estiver com a caderneta de vacinação atrasada, precisa procurar uma sala de vacina, em uma Unidade Básica de Saúde, para receber a vacina. É importante levar a caderneta para que seja avaliada a sua situação vacinal”, explica Maria Lígia Nerger, enfermeira da Divisão de Imunização da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Baixa adesão

Em evento realizado na última quinta-feira (11) pela Pfizer Brasil, junto com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o Dr. Juarez Cunha, presidente da SBIm, afirmou que o Brasil vem caindo na cobertura vacinal desde 2015. “A baixa cobertura já estava sendo observada e, com a Covid, [os números] caíram mais ainda. Isso coloca em risco a nossa população, especialmente as crianças. Sabemos as causas e os determinantes da baixa cobertura vacinal, suas consequências e também sabemos o que precisa ser feito”, pontua.

Em vista disso, é importante reforçar que todos os imunizantes disponibilizados gratuitamente integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI), são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A infectologista Ana Helena Germoglio explica que o baixo nível de vacinação pode trazer problemas de saúde para as futuras gerações. “Quando se tem uma taxa baixa de cobertura vacinal, essas doenças, que são consideradas quase que erradicadas, começam a surgir novamente. A gente vai ter doenças graves que podem acometer uma geração, que tenha muitas sequelas por essas doenças que são completamente evitáveis”, afirma.

Prorrogação

Pretendendo ampliar o número de crianças e adolescentes com a caderneta atualizada, o Ministério da Saúde prorrogou a Campanha Nacional de Multivacinação para até dia 30 de novembro. Cerca de 45 mil postos de vacinação estarão abertos para disponibilizar as doses dos 18 agentes imunizantes que compõem o Calendário Nacional de Vacinação.

Além dos imunizantes contra meningite meningocócica, febre amarela e Pneumocócica, confira outras vacinas que estão disponíveis nos postos de saúde: 

  • BCG 
  • Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B)
  • VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
  • VRH (Vacina Rotavírus Humano)
  • Meningocócica C (conjugada)
  • VOP (Vacina Oral Poliomielite)
  • Tríplice viral (Sarampo, rubéola e caxumba)
  • Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba e varicela) 
  • DTP (tríplice bacteriana)
  • Varicela 
  • HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano)

Fonte: Brasil 61

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