A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) que investiga suposto superfaturamento na compra de medicamentos destinados para o tratamento de pacientes com a covid-19 em Avaré realizou na manhã desta terça-feira (14) mais uma série de depoimentos. A comissão é composta pelas vereadoras Carla Cristina Flores, Ana Paula de Godoy e Roberto Araujo.
O principal depoimento do dia foi o do servidor Juarez Marchetti que voltou a prestar depoimento após a auxiliar da farmácia do Pronto Socorro revelar que recebeu 2 mil ampolas do medicamento Midazolan, mas ter assinado notas fiscais atestando o recebimento de 6 mil doses do medicamento.
Durante o seu depoimento, Marchetti admitiu que errou ao permitir a assinatura das notas sem que os medicamentos estivessem na possa da Secretaria Municipal da Saúde de Avaré.
“Eu admito que foi um erro, foi na hora do desespero que pedimos essa antecipação. Quando fazem a antecipação eles só enviam a nota de envio. Existe um processo de aquisição, mas se eu esperasse o prazo que a empresa tinha para fornecer ficaríamos com os estoques zerados. Meu erro foi não ter comunicados os auxiliares.”, revelou o servidor.
Marchetti disse que não existe a possibilidade de os medicamentos não terem sido entregues para o município e que a entrega foi acompanhada por diversos servidores do almoxarifado. Que todas as doses utilizadas foram devidamente cadastradas no sistema utilizado pela Prefeitura para regulação dos medicamentos.
Sobre as doses do medicamento Fentamila, que a auxiliar de farmácia Drielly negou ter recebido, Marchetti reforçou que o medicamento ficou no Prono Socorro, contrariando informação dada pela servidora.
O conflito nas resposta não foi contestado pelos membros da CPI, que ouviram novamente a servidora que manteve o seu depoimento.
A comissão não divulgou a data dos próximos depoimentos.
This post was last modified on 24 de outubro de 2021