Principal suspeito do crime, C.M.T.D foi preso em uma via pública na cidade de Osasco, onde moram seus pais. A ação contou com o apoio de policiais civis do município, além de equipes da Delegacia de Fartura e da Delegacia de Investigações Gerais de Avaré.
Após encontrar e cumprir o mandado de prisão preventiva contra o acusado, os policiais foram até a sua residência, no bairro Bandeiras. No local, após buscas, foram apreendidos aparelhos celulares e outros objetos que serão objeto de prova. C.M.T.D. foi encaminhado para a Unidade de Transição de Presos de Piraju, onde aguardará vaga no sistema prisional.
CRIME PASSIONAL – Segundo a polícia, logo após o crime, uma das linhas de investigação adotadas pelos policiais civis de Fartura dava como certo o envolvimento de indivíduo que provavelmente tinha relação íntima ou de amizade com Simone, convicção que foi ganhando corpo no decorrer da apuração.
Segundo o boletim de ocorrência, não havia sinais de arrombamento nas portas ou janelas que davam acesso ao interior da residência da vítima, o que levou a suspeita de que ela permitiu a entrada do autor do crime. Também não foram encontrados sinais característicos de luta corporal no imóvel.
Segundo a investigação, paralelamente, as provas testemunhais colhidas convergiram para o fato de que a vítima estava sendo perseguida e ameaçada pelo ex-marido, que não suportava a ideia da separação. Teria partido dela o fim da união e em razão disso era constantemente coagida por ele, problema que aumentou após a vítima iniciar relacionamento amoroso com outro homem. Por outro lado, as contradições reveladas no depoimento do acusado também foram relevantes para a acusação ganhar força.
FRAUDE – Mas duas circunstâncias reforçaram a convicção na culpabilidade do ex-marido de Simone. A primeira diz respeito à informação de que a vítima, dias antes do assassinato, teria procurado uma amiga e revelado a senha de uma conta bancária para ser informada a um parente caso algo de pior acontecesse com ela. A segunda, e mais importante, demonstrou que o investigado, no dia do crime, trafegou com seu veículo pela Rodovia Raposo Tavares, no sentido Capital/Interior, nas proximidades de Fartura, com as placas adulteradas por fita isolante, com o claro propósito de evitar ser rastreado ou identificado. A fraude foi descoberta pela Polícia e foi fundamental para o pedido de prisão preventiva.
Ainda segundo a polícia, o próximo passo na investigação é concluir o inquérito policial e encaminhá-lo à Justiça. Caso haja denúncia do Ministério Público, C.M.T.D. vai a Júri Popular.