Frequentadores denunciam mulher por alimentar pombos no Largo São João
Diversos frequentadores e trabalhadores autônomos divulgaram vídeos nas redes sociais para denunciar uma moradora do centro de Avaré que alimenta os pombos em pleno Largo São João. As imagens foram enviadas para Avaré Notícias na tarde deste domingo (12) com um pedido de atuação das autoridades. (veja no vídeo)
Nas cenas a mulher, que seria moradora do Prédio Cidade Jardim, despeja um grande saco de farelo de milho bem no centro da praça, que fica lotada de pombos. Ela afirma que faz isso há três anos e nunca foi impedida.
Os frequentadores reclamam da quantidade de aves no local e se incomodam com as fezes deixadas pelo chão. No vídeo trabalhadores afirmam que a mulher pediu que um casal se retirasse do local porque iria despejar os alimentos e o trecho seria infestados pelos animais.
Apesar de parecerem inofensivos, os pombos podem causar danos à nossa saúde. Além de carregarem parasitas que podem causar doenças de pele, as doenças oriundas das fezes das aves são o principal risco. Quando as fezes secam, a poeira acaba se dissipando no ar e pode ocorrer a inalação pelas pessoas. Com isso existe o risco de contaminação através de fungos e bactérias responsáveis por diversas doenças respiratórias e digestivas.
Uma grande concentração de pombos também pode ocasionar acidentes, pois bandos assustados podem voar de repente, colocando em risco tanto motoristas quanto pedestres. Além disso, um grande número de pombos pode afastar as aves menores das áreas de alimentação ou espalhar doenças para elas, reduzindo sua população.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, sancionou a lei 16.914/18, em junho, proibindo a população de alimentar os pombos urbanos na cidade e penaliza com multa que varia de R$ 200 a R$ 400. A medida foi tomada para evitar que doenças transmitidas pelas aves se espalhem.
Segundo o biólogo e vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), Sérgio Bocalini, a medida pode ter um impacto na superpopulação dessas aves. “Isso vai levar um processo de desnutrição dessas aves e vários deles vão acabar morrendo nos seus ninhos e abrigos por falta de alimento, trazendo um decréscimo populacional“, afirma.