Falta de manutenção em fonte preocupa moradores de Avaré

O histórico trabalho Fonte Luminosa das Artes, de Fausto Mazola, passou de atração a preocupação para os frequentadores do Largo São João, no centro de Avaré. A água suja e parada comprova que não há manutenção e pode ser um foco de proliferação do mosquito da dengue.

Quem passou pelo local no sábado (23) em plena época das compras de Natal notou e se indignou com a cor da água. A estudante Beatriz Neves se esforçava para evitar que a irmãzinha, de dois anos, colocasse as mãos na água.

“Toda criança de Avaré brincou e se encantou com a fonte do Largo São João. Infelizmente hoje não está dando nem para chegar perto da água”, lamentou a jovem.

Beatriz recordou das luzes coloridas e dos pequenos jatos de água que, sincronizados, embelezavam o local. “Espero que cuidem melhor não só da fonte, mas de todos cartões postais da cidade”, concluiu.  

Fausto Mazzola 100 anos

Paulistano, Fausto Mazzola trabalhou em Avaré entre os anos de 1958 e 1962, quando foi diretor do Colégio Artesanal Jânio Quadros (atual Escola Estadual Paulo de Araújo Novaes). Estudou Escultura na Escola de Belas Artes de São Paulo e também lá frequentou o Liceu de Artes e Ofícios, quando ajudou na ornamentação da Catedral da Sé.

Produziu bustos, medalhões e esculturas para mais de 30 cidades e por isso recebeu prêmios importantes. O artista plástico nada cobrou pela execução de suas obras, todas concretizadas em volumes e formas que marcam o cenário urbano. Foi contemplado, em 1959, com o título de Cidadão Avareense. Mazzola faleceu em Campinas no dia 21 de abril de 2004.

        São de sua autoria, em Avaré, os monumentos Cristo em Ascensão (Largo Santa Cruz), Relógio de Sol (Praça Juca Novaes), O Desbravador (Praça Prefeito Romeu Bretas) e o monumento ao Pracinha e a Fonte das Artes, ambos no Largo São João. Também esculpiu os bustos do coronel João Cruz, do monsenhor Celso Ferreira e do governador Abreu Sodré, as efígies do cartorário Juca Novaes, do prefeito Fernando Cruz Pimentel e do industrial Werner Jost, além de ter feito os desenhos modelados em pedras portuguesas nos pisos do Largo São Benedito e da Concha Acústica.