A Feira Avareense de Música Popular (Fampop) começa nesta quinta-feira (12) a sua edição número 37 sem o status de principal evento realizado na Estância Turística de Avaré. Colocado em segundo plano pela atual administração municipal, o festival não tinha definido a sua grade de shows a menos de 15 dias do seu início.
O show do compositor Tavinho Lima fará a abertura e se juntou aos já anunciados Samuel Conrado (no dia 13), Vanessa Reis (14) e Demônios da Garoa (15). Em contrapartida a 51ª Emapa (Exposição Municipal Agropecuária de Avaré) será realizada em dezembro e já teve sua grade completa anunciada.
O evento mudará de local pelo terceiro ano consecutivo, no primeiro ano da gestão do secretário Diego Beraldo, em 2017, a Fampop foi realizada no Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel, no ano passado o local escolhido foi o Centro Cultural Esther Pires Novaes e para esse ano o evento vai acontecer na Concha Acústica.
Sem o apoio de Ongs de incentivo cultural, como a extinta Abaçai Cultura e Arte, a Fampop 2019 parece que ficou para trás. O 45° Festival Nacional de MPB de Ilha Solteira, por exemplo, conta com patrocínio da CTG Brasil, via Lei de Incentivo à Cultura. A concessionária chinesa opera tanto a hidrelétrica de Ilha Solteira quanto a represa de Jurumirim.
Criador e principal organizador da Fampop, o avareense Juca Novaes, foi afastado da organização da feira nas administrações do ex-prefeito Joselyr Silvestre e do atual prefeito Jô Silvestre. A atitude gera um boicote velado, de músicos e compositores, no evento. O mesmo aconteceu na edição de 2017 com o apresentador Clovis Guerra, que também não foi incluído na comissão organizadora.
Outro fator que coloca em descrédito o festival é a anunciada Ação Civil Pública por improbidade administrativa, proposta pelo Ministério Público, contra Beraldo e empresas que trabalharam na edição de 2017 da Fampop. Os indícios são de superfaturamento e terceirização do serviço.
This post was last modified on 11 de setembro de 2019