São Paulo realiza consulta pública para implantação de escolas cívico-militares
O Governo do Estado de São Paulo anunciou a retomada da consulta pública para a implantação do programa de escolas cívico-militares no segundo semestre de 2025. O processo ocorre entre 24 de fevereiro e 7 de março, quando os diretores das 300 unidades interessadas apresentarão o modelo à comunidade escolar.
A primeira rodada de votação acontecerá entre 10 e 24 de março. Caso não haja quórum, outras duas rodadas estão previstas: de 31 de março a 2 de abril e de 7 a 9 de abril. A divulgação das escolas selecionadas será feita até 15 de abril, e as aulas no novo formato terão início em 28 de julho.
Após a consulta, até 100 unidades poderão aderir ao programa. “Vamos analisar o pedido de todas as unidades e definir as 100 escolas contempladas para início em agosto”, afirmou o secretário da Educação, Renato Feder.
Critérios de seleção das escolas cívico-militares
Se mais de 100 unidades tiverem aprovação da comunidade escolar, a Secretaria da Educação adotará critérios de desempate, como:
- Proximidade de até dois quilômetros de outra escola que não tenha aderido ao programa;
- Maior número de votos favoráveis, sendo necessário 50% dos votos válidos mais um para aprovação;
- Escolas que ofertam tanto Ensino Fundamental quanto Ensino Médio terão prioridade.
Currículo e seleção de monitores
As escolas cívico-militares seguirão o Currículo Paulista, mantendo os conteúdos já adotados na rede estadual. A Seduc-SP será responsável pelo acompanhamento da implantação do modelo e pelo processo seletivo dos monitores, que ocorrerá entre abril e maio.
Os monitores e a equipe gestora passarão por treinamento em junho, garantindo a adaptação ao novo modelo. A Secretaria da Segurança Pública auxiliará na seleção dos profissionais, fornecendo informações sobre antecedentes criminais e administrativos dos candidatos.
O investimento total no programa será o mesmo destinado às escolas regulares, com um custo adicional de R$ 7,2 milhões para a contratação dos monitores.
Com a implementação das escolas cívico-militares, o Governo de São Paulo busca oferecer um modelo educacional diferenciado, priorizando disciplina e civismo, enquanto mantém o currículo acadêmico já estabelecido.
Fetiche da extrema direita. Ao invés de investir mais recursos na educação do ensino médio, valorização do profissional de ensino e currículo, vão gastar mais para transformar uma ou outra escola estadual em instituição cívico-militar com regras parecidas com à caserna para agradar parte do seu eleitorado e dar cargos para alguns policiais fora da ativa, ou seja, aposentados.