A Câmara de Vereadores de Avaré, sob a presidência do vereador Flávio Eduardo Zandoná, realizou nesta sexta-feira (12) uma sessão extraordinária sem a presença do público e sem transmissão ao vivo pelo site do legislativo.
A reunião estava marca para as 14 horas e foi realizada sem o respeito ao princípio da publicidade, que visa garantir que o ato praticado pela gestão pública não fique oculto.
Nem mesmo um comunicado informando a população foi colocado nas páginas do facebook, site da Câmara e youtube, que transmitem a reunião. As páginas Avaré Notícias e Rádio Avaré receberam diversas mensagens de internautas questionando a falta da reunião legislativa, como tradicionalmente é feito.
Após diversos questionamentos e depois do término da sessão, a diretora da Câmara, Adria Luzia Ribeiro de Paula, informou que o funcionário responsável pela transmissão está afastado após ser infectado com a covid-19. A diretora disse que o funcionário que o substituiu não domina todos os equipamentos, o problema aconteceu minutos antes de iniciar a sessão e ele não sabia como sanar.
Mesmo sabendo que a sessão não estava sendo divulgada, a mesa diretora deu início aos trabalhos. O vereador Marcelo Ortega relatou em um vídeo que os parlamentares rejeitaram o projeto de lei que criaria a política pública de garantia e ampliação dos direitos dos autistas.
Outros 11 projetos estavam na pauta. A Câmara de Avaré agora fecha as portas, vereadores e funcionários irão trabalhar no sistema do teletrabalho. O Legislativo não tem data para retomar as reuniões ordinárias.
Nos últimos meses o Legislativo de Avaré vem cometendo diversos atos que impedem o acompanhamento da atividade legislativa. Uma reunião extraordinária realizada no dia 1º de fevereiro, por exemplo, até o momento não teve a sua ordem do dia, com os projetos e pareceres, publicados no site oficial. Mesmo após diversos pedidos feitos por Avaré Notícias, a Câmara segue não publicando os documentos.
A contratação do cunhado do Prefeito como assessor jurídico da Câmara segue sem uma explicação. Em entrevista coletiva, realizada no início de fevereiro, o presidente do Legislativo, Flávio Zandona, afirmou que o advogado apresentou documentos que permitiriam que o profissional representasse a Câmara, mesmo que analisando questões referentes a sua família.
Os documentos nunca vieram a público e nem o seu teor foi esclarecido.
This post was last modified on 12 de março de 2021