Avareense Serginho se despede do Jorge Wilstermann
O atacante avareense Serginho oficializou sua saída da equipe boliviana Jorge Wilstermann, clube que defendeu desde 2018. Bastante emocionado, ele falou sobre o tema nesta quinta-feira (19), em entrevista coletiva realizada em Cochabamba .
Com o clube boliviado, Serginho disputou 207 jogos, marcando 54 gols e 15 assistências. O avareense é o maior goleador brasileiro no campeonato da Bolívia, conquistando dois títulos nacionais e diversas participações em competições sul-americanas.
Em 2017, durante participação na Copa Libertadores, Serginho ajudou o clube a eliminar o Atlético Mineiro. Após vitória no primeiro jogo, disputado na Bolívia, por 1 a 0; o clube segurou o 0x0 e calou a torcida do Galo dentro do Mineirão.
Apesar de mencionar o atraso salarial de ao menos seis meses, o avante de 38 anos de idade aponta que ele tomou a decisão também para preservar os cofres do clube.
“Se eu ficasse, o clube ficaria mais prejudicado em termos financeiros. O clube me deve seis meses de contrato de 2021 e, se eu ficar, é mais um ano de contrato além da dívida. Isso seria ruim. Quero que entendam que o dinheiro não é o primordial.”
Durante as suas férias em Avaré, Serginho estava animado para disputar uma última temporada com o Wilstermann e já projetava a reta final da carreira. Durante a coletiva, o atacante fez questão de se posicionar de maneira bem dura acerca da diretoria recentemente responsável por tentar sanar os problemas. Diretoria essa, aliás, onde cinco nomes apresentaram recentemente suas cartas de renúncia.
“Eu creio que (incide) a falta de experiência de assumir um clube enorme, a falta de empatia com os jogadores. A história que tem o Wilstermann não é pra qualquer um. As pessoas que hoje vejo não estão à altura para estar à frente. O clube não tem um horizonte. Tiveram seis, sete meses para resolver, eu me aproximava deles para dar opiniões, mas eles não escutam os jogadores. Para quê serve essa sede com cinco andares? Com todo o respeito, para quê serve? Não temos nem campos, nem pessoal. Me doi ir (embora), me doi ver o que fizeram com o clube”, desabafou para a mídia local.
O avareense ainda não divulgou o futuro da carreira no futebol profissional.