Nesta sexta-feira, 21 de dezembro de 2018, a Prefeitura de Avaré, em conjunto com outros 6 municípios da região, emitiu nota de repúdio à empresa CTG Brasil, concessionária hoje responsável pela exploração comercial das águas da Represa de Jurumirim.
No documento subscrito pelos prefeitos de Arandu, Cerqueira César, Itaí, Itatinga, Paranapanema e Taquarituba, o prefeito Jô Silvestre, de Avaré, demonstra sua indignação com a CTG Brasil por conta dos aparentes danos ambientais causados pela alta vazão do reservatório, provocando acentuada baixa do nível das águas, o que está prejudicando todo o ecossistema do entorno.
“A redução do volume da represa impacta diretamente no desenvolvimento regional, pois atinge as atrações turísticas que tem relação direta com os recursos hídricos que integram a bacia de Jurumirim”, diz a nota enviada a imprensa.
A Secretaria do Meio Ambiente de Avaré afirma que a concessionária vem baixando o nível da Represa de Jurumirim para atender a uma crescente demanda de produção das demais usinas instaladas ao longo do Rio Paranapanema. Segundo os técnicos do setor, “o impacto registrado nos últimos meses vai causar um desequilíbrio ambiental de grandes proporções. O prejuízo dificilmente será recuperado tão cedo e levará anos para a recomposição do meio ambiente”.
A nota de repúdio dos prefeitos visa alertar as autoridades federais para o risco que ameaça o Vale do Paranapanema, em especial, os municípios banhados pelas águas de Jurumirim.
O documento será enviado ao Ministério do Meio Ambiente, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Ministério Público Federal para providências.
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Comentários (1)
Há uma proliferação de insetos e répteis acima do normal.Moscas, mosquitos, pernilongos dos mais variados, carrapatos…o plâncton morreu.Sem falar dos prejuízos. Gado não tem como beber água.Hoteis e restaurantes sem atração.Tem que ter um regulamento que não permita o esvaziamento da represa a partir de um certo ponto. E penso que todos os municípios devem juntos entrar na Justiça contra o Estado e contra a empresa. Mas e a Amvapa? Não é ela a entidade que deve tomar postura sobre o tema? E O Comitê da Bacia Hidrogáfica?