A audiência pública realizada na Câmara de Avaré, na manhã desta sexta-feira (15), para tratar da saída do município do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi claramente ignorada pelos representantes da Prefeitura de Avaré e da Amvapa (Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema).
Nenhum representante do Consórcio compareceu para debater o tema junto aos vereadores, funcionários do Samu e representantes da sociedade civil de Avaré. Também sem a presença do prefeito de Avaré, Joselyr Benedito da Costa Silvestre (Jô) e do secretário da Saúde, Roslindo Wilson Machado; coube ao secretário da Administração, Ronaldo Adão Guardiano, representar o Executivo municipal.
“Quem teria a incumbência de estar aqui, não está. Por que não vieram falar aqui, o que disseram nas redes sociais e na imprensa. Eu não tenho dúvida que tem mentira nessa história”, disse o vereador Carlos Wagner Januário Garcia, autor da proposta para o encontro.
Preocupados com seus empregos, funcionários do Samu compareceram na reunião e questionaram Guardiano. Eles perguntaram sobre os gastos, modelo de gestão do serviço e o que será feito com seus empregos.
Em um discurso emocionado, a servidora Andréia cobrou uma solução para o caso e relatou a luta dos trabalhadores no enfrentamento da pandemia do Coronavírus.
Sem representantes com poder de decisão, a audiência pública deixou mais dúvidas nas pessoas preocupadas com o fim dos atendimentos de urgência.
“Tem que esquecer as rusgas e as briguinhas. Todos os prefeitos da Amvapa devem sentar para conversar e resolver essa situação. Eu não acredito que Avaré vá sair do Samu”,completou Garcia.
Entre suas falas, o representando da Prefeitura de Avaré disse que sem o município, a Amvapa não teria condições financeiras para tocar a gestão do Samu Vale do Jurumirim.
“Nós fizemos um cálculo e o custo do Samu seria em torno de R$ 1,50 por habitante. Avaré gasta de R$ 3,00 e os outros municípios pagam cerca de R$ 0,85”, declarou Guardiano.
Guardiano também criticou o anúncio do desligamento de Avaré do Samu. O secretário declarou que o anúncio feito pelo Secretário da Saúde, Roslindo Wilson Machado, foi infeliz e que pretende iniciar uma conversa com representantes da Amvapa.
Mesmo sem contar como seria o modelo de gestão de um Samu municipal, Ronaldo Guardiano garantiu que as pessoas que trabalham nos serviço atualmente seriam reaproveitadas.
This post was last modified on 15 de outubro de 2021